Nesta sexta-feira, 14/02, diversas entidades e especialistas enviaram uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçando a importância da continuidade da usina Angra 3 e destacando os benefícios do Programa Nuclear Brasileiro para a população. O documento foi encaminhado em um momento estratégico, antecedendo a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que discutirá o futuro da obra.
O texto aborda aspectos fundamentais do setor, esclarecendo equívocos divulgados recentemente na imprensa e reforçando a segurança da tecnologia nuclear. Entre os principais pontos, estão os avanços na medicina nuclear, que contribuem para o tratamento de doenças como o câncer, além da produção de radioisótopos e radiofármacos, essenciais para exames e terapias.
A carta também destaca que Angra 3 terá capacidade para gerar 1,4 gigawatts de energia limpa, suficiente para abastecer aproximadamente 4,5 milhões de pessoas, sem emissão de gases de efeito estufa. Além disso, esclarece que os recursos para a construção da usina virão de financiamentos bancários e não dos cofres públicos.
Outro ponto abordado é a segurança das usinas nucleares brasileiras, que seguem protocolos rigorosos e são monitoradas constantemente. O documento também ressalta a relevância estratégica do Brasil na mineração de urânio, sendo um dos poucos países do mundo que detém o ciclo completo do combustível nuclear.
Por fim, os signatários ressaltam o papel da energia nuclear na luta contra as mudanças climáticas e na necessidade de ampliar a matriz energética com fontes seguras e sustentáveis.
A carta é assinada pelo presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Carlos Henrique Silva Seixas, e conta com o apoio de instituições como a Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Instituto de Engenharia, Instituto Brasileiro da Qualidade Nuclear, Secretaria do Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Programa e Departamento de Engenharia Nuclear da UFRJ, Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, além dos deputados federais Julio Lopes, presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares, e Hugo Leal, entre outros especialistas e órgãos.
Leia a carta abaixo: