Na última quinta-feira (30), a Eletronuclear doou 46 objetos relacionados à história da energia nuclear ao Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast). A assinatura do termo de doação ocorreu na biblioteca do museu, no Rio de Janeiro (RJ), com a presença do diretor-presidente em exercício da ETN, Sinval Zaidan Gama, e do diretor do Mast, Marcio Rangel.
Sem uso para a estatal, as peças testemunham a memória da energia nuclear no Brasil e serão higienizadas e preservadas pelo museu. Entre os objetos encontram-se detector de radiação, monitor de ar contínuo, analisador de vibração, medidor de taxa de corrosão, entre outros.
Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Mast oferece um mergulho na história do desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. A instituição busca ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico por meio da pesquisa, preservação de acervos e divulgação da atividade científica brasileira.
"Como brasileiro me sinto orgulhoso de instituições desta natureza. Estou honrado de estar nesta casa e de participar de projetos como esse. A Eletronuclear deu eco ao projeto e a gente não pode deixar de ter uma visão holística de todos os elos do setor", resume Sinval Gama.
A pauta da energia nuclear entrou no escopo do museu em 2005, com o projeto "Panorama Histórico da Energia Nuclear no Brasil 1950-1980", patrocinado pela Finep. Como resultado dessa iniciativa, o museu publicou o inventário "Panorama Histórico da Energia Nuclear no Brasil: inventário dos objetos de C&T", assim como promoveu a exposição "Energia Brasil: Energia nuclear para geração de energia elétrica".
Marcio Rangel explica que, para além de espaços de exposição, há muito potencial do acervo como material de pesquisa e de produção do conhecimento. "Esses objetos foram escolhidos para estar aqui no futuro, registrando a história nuclear daqui a 50, 100 anos", enfatiza.
"Ficamos felizes em contribuir com todo o processo e estarmos hoje celebrando a conclusão da doação desses equipamentos. O museu visitou nossas instalações no passado e selecionou os itens que considerava importantes para futuras pesquisas e compor o acervo para exposições. E a nossa história poderá ser contada e mostrada, atravessando as barreiras de espaço e tempo", celebra Ana Beatriz Julião, chefe da Assessoria de Responsabilidade Social (ARS.P).
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