O Escritório Central vai ser reativado, ganhando estacionamento para 350 a 400 veículos e um centro comercial e de serviços. O prédio será modernizado mantendo as características arquitetônicas, fazendo o que é conhecido como retrofit. Já o grande terreno da CSN no bairro Aero Clube vai se tornar um novo bairro com duas avenidas – um enorme boulevard com prédios comerciais e residenciais no entorno. A ideia é um bairro onde todas as necessidades estariam no local: os moradores teriam os serviços essenciais bem perto, como farmácias, açougues, mercados, atacadistas etc.
As informações foram dadas ao vice-presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Furtado, e ao presidente da Comissão de Indústria, Jorginho Fuede por diretores da CSN em São Paulo, na sexta-feira, onde ouviram as explicações da empresa sobre questões do Meio Ambiente e do setor imobiliário. Os parlamentares foram recebidos pelo Diretor Institucional da CSN, Luiz Paulo Barreto, e pela Diretora de Sustentabilidade, Helena Guerra, além de gerentes das áreas ambiental e imobiliária.
Rodrigo Furtado se disse positivamente surpreendido pelos anúncios: "Sobre a ideia do escritório sendo habitado com salas comerciais, aproveitando a área edificada, é de grande importância", acrescentando ainda que a construção do empreendimento do Aero Clube "dará outra dinâmica ao crescimento da cidade".
Rodrigo considerou a visita muito produtiva: "Repassarei aos vereadores as linhas gerais do que vimos. Aliás, acho que todos deveriam ouvir os detalhes do que nos foi apresentado. Tudo foi muito positivo".
Jorginho Fuede acrescentou que acredita nos vínculos entre a siderúrgica e a cidade: "CSN e Volta Redonda devem crescer juntas", afirmou.
Questões ambientais
Helena Guerra fez uma apresentação sobre as medidas que foram tomadas para reduzir o pó preto, e que – conforme reconheceram os próprios vereadores – vêm obtendo resultados visíveis. Foram ações como aspersão de polímeros sobre depósitos de particulados, instalação de canhões e névoa, rapel para limpeza de equipamentos em altitude, reforma de vários equipamentos e até mudança nos processos de produção.
A diretora também falou sobre os investimentos em andamento, como a construção de modernos e poderosos filtros eletrostáticos nas sinterizações. E mostrou investimentos em outras áreas ambientais, como na recirculação da água utilizada e na descarbonização da produção. A CSN está investindo mais de R$ 1 bilhão em medidas ambientais de curto prazo.
Sobre a questão dos depósitos de escória, Helena mostrou diversos projetos para utilização daquele material em ações que vão acelerar a retirada do produto – incluindo novas tecnologias para uso da escória em atividades industriais. De qualquer forma hoje, como demonstrou a diretora, a CSN já retira mais escória do depósito do que acrescenta.
Jorginho Fuede resumiu: "Fiquei muito feliz em receber tão boas notícias. Foi uma impressão extremamente positiva. A CSN é uma empresa muito importante para Volta Redonda e a região. Tivemos a questão do pó preto e cobramos. Mas agora temos que reconhecer que medidas estão sendo tomadas. Sem falar nos projetos para o desenvolvimento da cidade".
Na mesma linha, Rodrigo Furtado destacou que a CSN está tomando medidas corretas contra o pó preto e a poluição:
– É nítido que a poluição tem sido reduzida em Volta Redonda. Conseguimos visualizar que o controle está sendo feito com as medidas corretas. Faz com que a cidade respire melhor. Em relação ao descarte de escória, estou muito feliz que a indústria está estudando meios para uma solução ainda mais rápida.