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Esportes

Morrem Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz: ícones do jornalismo esportivo

Silvio Luiz e Antero Greco faleceram em São Paulo, com apenas horas de diferença. Já Washington Rodrigues, o Apolinho, morreu na quarta-feira, no Rio.


"Chocolate", "Milton Caraglio", "Pelo amor dos meus filhinhos"? São só algum dos momentos marcantes dos três ícones ao longo da história no jornalismo esportivo. E quis o destino que eles nos deixassem praticamente no mesmo dia. Hoje damos adeus a Silvio Luiz, voz que marcou gerações com suas narrações, e a Antero Greco, uma das nossas maiores inspirações no telejornalismo. Na noite de quarta-feira, durante o jogo do Flamengo, Apolinho, ícone do rádio, também nos deixou.

Washington Rodrigues, o Apolinho

Criativo, Washington Rodrigues também era conhecido pela criação de expressões como "Geraldinos e Arquibaldos", "Pau com formiga", "Pinto no lixo", "Briga de cachorro grande", entre outras.

Apolinho era conhecido pela imparcialidade, o que o fez ser aceito pelas torcidas dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. Reconhecido na profissão, ganhou todos os prêmios existentes em homenagem a um jornalista esportivo.

Apesar de sua imparcialidade em suas análises no rádio, ele era torcedor declarado do Flamengo, onde foi técnico, em 1995, sendo o maior desafio de sua carreira.

Natural do Rio de Janeiro, do bairro do Engenho Novo, Washington Rodrigues é um dos jornalistas esportivos mais conhecidos do Brasil. A carreira de Apolinho começou em 1962, na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, no programa "Beque Parado", onde o tema era futsal. O jornalista passou por todas as grandes emissoras de rádio e TV da cidade.

Antero Greco

Antero fazia parte da equipe da ESPN Brasil, onde marcou época. Ao lado Paulo Soares, a quem chamava de "Paulo Amigão", formava uma dupla entrosada e divertida à frente do programa "SportsCenter", nos fins de noite.

Os dois, querendo ou não, sempre caiam no duplo sentido das palavras. Um exemplo disso foi ao noticiar Milton Caraglio, como novo reforço do São Paulo. Moreno Longo e Rolão Preto também entraram nessa brincadeira.

Formado em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Antero Greco iniciou a carreira em no início dos anos 70, no Estadão, onde foi editor de Esportes. Na mesma funcão e também como colunista, trabalhou no Diário Popular. Já no princípio da década de 90, foi comentarista na Rede Bandeirantes.

Silvio Luiz

Foi, foi, foi, foi ele, o craque dos bordões? Silvio Luiz, ou legendador de imagens, como ele se referia, nasceu em 1934, em São Paulo. Ele trabalhou nas principais competições esportivas, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

O narrador não gritava gol, pois segundo ele, queria sair do óbvio. O jornalista é um dos maiores criadores de bordões do país, como "Olho no lance"; "Pelo amor dos meus filhinhos"; "No pau"; "Pelas barbas do profeta"; "Mandar no meio do pagode"; "Queimou o filme"; "Foi, foi, foi, foi ele, o craque da camisa número?"; "Balançou o capim no fundo do gol"; "No meio da caneta dele"; "O que é que só você viu?", dentre outros.

Antes de se firmar como um dos principais narradores do país, Silvio foi árbitro de futebol entre o fim do anos 1960 e início da década de 1970. Como jornalista, foi diretor de programação da Rede Record, além de ter trabalhado em emissoras como as rádios Bandeirantes, Record, TV Excelsior, SBT, TV Paulista, entre outras.

Além da consolidada carreira, o jornalista participou das novelas Éramos Seis e Cela da Morte como ator, ao lado da irmã Verinha Dercy, que era atriz.


Redação

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