A extensão da vida útil de Angra 1 foi o tema do segundo episódio do Programa +Nuclear, disponível na íntegra no Spotify e em versão compacta no canal da Eletronuclear no Youtube. O assunto foi abordado em um bate papo transparente com Abelardo Vieira, superintendente da unidade, e José Augusto do Amaral, superintendente de Engenharia de Apoio à Operação e responsável pela "Long Term Operation (LTO)" - em português Operação de Longo Prazo.
Durante toda a conversa, os profissionais falaram sobre o histórico de segurança de Angra 1 e detalharam o processo necessário para concluir a renovação da Licença de Operação (LO) da primeira usina nuclear brasileira por mais 20 anos.
"Um dos pilares para obter a extensão é o gerenciamento do envelhecimento. A gente escolhe os principais sistemas de segurança da planta e monitora alguns equipamentos que não podem ser substituídos, como o edifício do reator e o vaso de pressão do reator. A gente demonstra que eles continuam bem com base nos critérios", iniciou Amaral.
Atualmente, o processo de obtenção da LO de Angra 1 segue o cronograma planejado. O processo de negociação com a CNEN deve se estender até o final deste ano para finalizar todas as etapas necessárias, mantendo diálogo constante com o órgão.
"A Eletronuclear propôs à Cnen utilizar a base da indústria americana que tem esse processo consolidado e chegou a conclusão que é um ótimo investimento operar por mais 20 anos, com mais de 90 usinas que já passaram pela extensão da vida útil nos Estados Unidos", concluiu o responsável pela LTO.
O +Nuclear debateu também o histórico de segurança de Angra 1 durante os quase 40 anos de operação. Abelardo Vieira valorizou a cooperação internacional do setor de energia nuclear a experiência operacional adquirida.
"A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) utiliza a Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (Ines, na sigla em inglês), graduada de 0 a 7. Durante todo período de operação, todos os incidentes foram classificados em zero, ou seja, não tivemos nada. Obviamente que toda indústria aprende com a experiência operacional. Todas as lições aprendidas com situações que ocorreram em outros lugares do mundo foram incorporadas no nosso processo de segurança", disse o superintendente de Angra 1.
Em relação aos investimentos necessários para concluir um dos principais projetos da Eletronuclear, Amaral ponderou que não renovar a LO também iria gerar um alto custo, que seria agravado por não gerar retorno financeiro ou de energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
"É necessário gastar para descomissionar. Precisaria manter uma equipe de operadores durante alguns anos na unidade porque teria que retirar o combustível, esperar decair na radiação e manter o sistema de refrigeração operando? Então tem que ter manutenção, operação, segurança e tudo isso sem faturar nada. É um investimento grande para renovar, mas o retorno é enorme", concluiu.
+Nuclear Com o nome +Nuclear, o programa da Eletronuclear tem a proposta de abordar temas relacionados à energia nuclear, falando em especial sobre a operação de Angra 1 e 2 e a construção de Angra 3. No YouTube, é possível acompanhar detalhes das três usinas, entrevistas exclusivas e diversas novidades do setor nacional e internacional. Já o podcast reproduz as entrevistas na íntegra, sem cortes. O ouvinte tem a oportunidade de se aprofundar um pouco mais no tema abordado na ocasião.
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Com o nome +Nuclear, o programa da Eletronuclear tem a proposta de abordar temas relacionados à energia nuclear, falando em especial sobre a operação de Angra 1 e 2 e a construção de Angra 3.
No YouTube, é possível acompanhar detalhes das três usinas, entrevistas exclusivas e diversas novidades do setor nacional e internacional.
Já o podcast no
Spotify reproduz as entrevistas na íntegra, sem cortes. O ouvinte tem a oportunidade de se aprofundar um pouco mais no tema abordado na ocasião.
O segundo episódio pode ser visto abaixo:
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